domingo, 7 de fevereiro de 2010

Informe da Infra-estrutura e trajeto

Informe financeiro
A partir do projeto e orçamento organizados em 2009, a coordenação executiva já conseguiu alguns recursos para garantir estrutura básica (como tendas e banheiros) e está negociando a alimentação.
Ainda faltam recursos para transporte de algumas delegações, capas de chuva, aluguel de equipamentos, entre outros.
Alguns estados estão contribuindo com o caixa nacional, como o Ceará, que conseguiu recursos para a confecção de mochilas.

2. Debate e definição de tarefas e funcionamento das comissões (cozinha, comunicação, infra-estrutura, formação e cultura, saúde, segurança).
O debate nas comissões foi realizado em grupos, que depois apresentaram suas propostas e foram discutidos em plenárias.
As orientações de indicações das delegações para as comissões foram pensadas com referencia em 50 mulheres.
As delegações menores também devem indicar companheiras para as comissões, coordenando com a secretaria executiva para que nenhuma comissão fique com menos indicações.

Comissão de infra-estrutura

1. Coordenação geral: Lurdes (Campinas) Sonia e Mª Fernanda (SP)

2. Água:
Coordenação: Fernanda Jatobá, São Paulo.
Indicações por estado: a cada 50 companheiras indicar 2 responsáveis pela distribuição da água.
Demanda por um carro de apoio para o transporte da água.

3. Bagagem e distribuição da comida
As mulheres não terão que carregar e descarregar os caminhões. Serão contratados caminhões para o transporte, com motoristas e ajudantes para carregar nossas bagagens.
Coordenação: Vera Machado e Sônia Santos (SP), Rejane (RN), Naura ou Silvana (CE)
Demanda:
• 2 caminhões baú, com 1 motorista e 2 ajudantes para a bagagem cada.
• 1 carro de apoio, com companheiras responsáveis por acompanhar os caminhões e organizar a distribuição de comida.

Identificação da Bagagem: Será enviado um modelo de identificação de bagagem para os estados que será por n. e por ônibus. Ex.: RS tem o número 1. O primeiro ônibus 1 é 1.1 e o segundo ônibus é 1.2, o terceiro é 1.3, etc.

Distribuição de comida
- será feita uma escala, por estados. A cada dia, um estado (ou a combinação de mais de um) terá que destacar 10 companheiras que estarão na marcha para distribuir a comida. A escala será enviada pela coordenação com antecedência.

4. Limpeza dos banheiros e alojamento.
Coordenação: 1 RN e 1 SP.
Cada dia um estado (ou mais ), de acordo com a escala feita pela coordenação, que enviará aos estados com antecedência.

5. Kit Militante
A montagem e distribuição será feita sob coordenação de 2 companheiras de Campinas.
Os kits serão distribuídos para as coordenadoras de delegação.

6. Transporte
As delegações que chegarem de avião em Campinas devem enviar as informações de horário de chegada até dia 20 de fevereiro para que a comissão de infra-estrutura busque viabilizar o transporte até o alojamento.

Comissão de Segurança
Coordenação: Regina (CUT Paraná), Natasha (SP), Taís(SP), Táli (SP).
As delegações devem destacar/indicar 1 companheira a cada 50 para compor essa comissão.

Marcharemos em filas na estrada, para garantir a segurança.
Todas as militantes usarão pulseiras roxas.
A orientação é que o consumo de álcool seja apenas nos momentos de festa.
Definição do horário de descanso e silêncio: 22 horas. Atividades devem ir até as 21h.
Organização de uma lista ou livro de visitantes.
Organização de ronda noturna.
Buscar advogadas de plantão.
Distribuição de listas de telefones úteis.
Identificação para as responsáveis por segurança.
Demanda:
• 2 carros de apoio para segurança e eventualmente deslocamento de mulheres. Um nosso – e um da polícia rodoviária no final da marcha.

Sugestões:
Fazer contato com o movimento de catadoras para lixo reciclável, e com cooperativa de compostagem para recolher o lixo orgânico da cozinha no Cajamar.

Comissão de Saúde

Concepção de saúde e papel da comissão:
Respeito à diversidade das mulheres, às expectativas e ansiedades das buscas das mulheres.
Reforçar a idéia de que marchar é bom para a saúde. Buscar equilíbrio do corpo, exercitar o corpo e exercitar o ouvido.
Atuação no: apoio, cuidado, auto-cuidado, emergencial.
Fluxo de atendimento – cuidado individual, mas prioridade pro cuidado coletivo.
As práticas populares de cuidado são práticas de resistência, que rompem com a lógica de que a saúde é consumo (médico, remédio, alimento).

Estrutura:
Coordenação geral – Bernadete, Hozana, Sofia, Kátia, Érika, (MG), Roberta, Izalene (SP), Fátima Guedes (AM), Giovanna(PB), Tereza (RN), Adriana (MA).
Os estados devem destacar 2 cuidadoras a cada 50
Realizar reunião com toda a comissão no dia da chagada em campinas.
Levantamento de mulheres que trabalhem alternativas e populares de saúde e também profissionais de saúde nas delegações – até 20 de fevereiro.
A comissão terá uma equipe de referência (profissionais de saúde e cuidadoras populares) que se alternará em turnos e dias.
Demanda:
2 manuais: 1 para a marchante, que estará incluído no guia geral para a marchante; 1 de orientações para as militantes que estarão na comissão.
1 carro de apoio
1 ambulância de suporte.
Organização de caixa de apoio com medicamentos básicos (Roberta vai buscar doação com a prefeitura de Araras, equipe se organizará garantir, se não der certo em Araras)
Organização de lista com a relação de serviços de saúde no trajeto. (em fase final de elaboração por SP)
Rádio ou telefone para comunicação da equipe.
Identificação diferenciada para a comissão, por cor.
Organizar um espaço alternativo de práticas, com espaço pra maca, colchonetes e almofadas.
Garantir pelo cadastro perfil de saúde das caminhantes.
Registro de todos os atendimentos durante a marcha – preparação da ficha de registro.
Orientação para que as mulheres tomem vacinas antes.
Orientação para que os medicamentos próprios estejam nas mochilinhas.

Questões, comentários e sugestões:
É necessário garantir que todas bebam bastante água.
As ambulâncias não estão garantidas em todo o trajeto, a possibilidade está sendo averiguada com as prefeituras.
Ainda é preciso negociar com a polícia rodoviária a presença do carro de apoio.
É necessário listar os carros de apoio que podem ficar disponíveis nas cidades, sem estar
necessariamente acompanhando a marcha.
É necessário listar os contatos nas cidades que podem apoiar a comissão de saúde.
As delegações devem ter cuidado com as companheiras que tomam medicação, para garantir que levem o suficiente, e que não esqueçam de tomar.

Comissão de comunicação

Coordenação: Adriana, Ana, Leilane, Taís e Tica

As tarefas da comissão foram organizadas a partir do que é necessário fazer antes da ação e durante a ação. Neste relato estão as tarefas da comunicação durante a ação, que demandará no total 40 mulheres que estarão na marcha.
Prazo para formação da comissão: 20 de fevereiro
Tarefas:
Assessoria de imprensa
- atendimento à imprensa e cadastramento dos jornalistas
- clipping orientado pelas assessoras da marcha
Equipe: dez pessoas. Coordenação SOF.
Rádio
- rádio itinerante. Demanda: antenas, transmissor no carro de som, radinhos individuais. A programação será combinada com a equipe de formação e cultura.
Equipe: dez pessoas - Coordenação: CF8

Vídeo
- apoio técnico à equipe
- orientação política para a equipe
- captação e armazenamento dos vídeos que foram realizados pelas caminhantes
- alimentação do site a partir do youtube
Equipe: 5 equipe - Coordenação: Fê Estima

Foto
- identificar caminhantes que venham fotografar/ cadastrar: Anderson, Verena, Douglas, João Z., Marta Baião, Flavita Valsani
- reunir fotos das atividades nos estados
- captação e armazenamento das fotos que foram realizados pelas caminhantes
Equipe: 5 equipe - Coordenação: Fê Estima
Site
- Registro diário.
Equipe: cinco pessoas - Coordenação: Taís ou Bia
Jéssika –suporte para arquivos de texto, vídeo e foto no site
Memória
Relatoria das atividades, entrevistas, impressões do trabalho das comissões, registro do dia a dia. Equipe: cinco pessoas - Coordenação: Tica
Demanda de infraestrutura para a comissão:
Três laptops para internet com modem 3G
Dois netbooks para texto
Dois computadores na sala de imprensa com internet no Cajamar

Sugestões:
Fazer um release mais sucinto e um texto que esteja pronto para os boletins de sindicatos.
A rádio “Maluco Beleza”, de Campinas, pode contribuir com a rádio itinerante.
Indicações de MG para a comissão: Hoziene e Lívia.

Comissão de Cozinha

A cozinha ficará durante todos os dias no instituto Cajamar, que fica na metade do trajeto.
Não haverá revezamento das mulheres da cozinha

Coordenação – Cláudia, Mábia, Lanusa, Francisca (RN), Isabel (DF), Cecília (RS), Clarisse (MG), 1 de São Paulo.
Indicação dos estados: 5 mulheres a cada 100 marchantes. Os estados devem fazer suas indicações até o dia 20 de fevereiro.
Caso uma companheira não se encaixar na dinâmica da cozinha a coordenação da delegação dela deve substituí-la.
As responsáveis pela limpeza da cozinha serão escaladas a partir das delegações dos estados. Serão necessárias 20 companheiras por dia. A coordenação vai enviar a escala com antecedência.

15 dias antes da Ação uma das coordenadoras da cozinha deverá visitar a cozinha e verificar a segurança da mesma.
Orientação - As coordenadoras devem visitar bandejão de universidades ou restaurante popular para entender a dinâmica da cozinha. A cozinha funcionará apenas 7 dias (não vamos cozinhar no dia 8, 17 e 18 de março).
Devem ser pensadas dinâmicas para integrar as mulheres da cozinha na Marcha (rádio itinerante e vídeos)
Serão separadas marmitas para as vegetarianas,
O cardápio do almoço será composto por 4 itens – arroz, feijão, carne, legume, além de laranja e banana. O jantar terá 3 itens.
Haverá uma responsável por turno para controlar o estoque de comida
A lavagem das marmitas deve ser feita no exterior da cozinha

Demanda de uma equipe de plantão de noite, pra preparar o lanche para a manhã. Os alimentos (pão, fruta e suco) serão distribuídos em cada alojamento pela comissão da infra-estrutura.
Dia 11 e 15 podem ser dias para organizar uma saída das mulheres da cozinha para a marcha, depois ou antes de seu turno de trabalho.
As coordenadoras de delegação deverão reforçar com as marchantes a necessidade de devolução das marmitas.

Sugestões:

Ter orientação para as diabéticas – levar alimento na mochila e comer a cada 3 horas.
Demanda por nutricionista permanente (vigilância sanitária).
Orientação que a gente coma o que a gente fez, sem comprar no trajeto.
Dia 13 – esforço pra comprar a marmita do jantar.
O tempero será o básico, pois tem muita diversidade regional e não é possível abrir muitas exceções. Cozinharemos a partir do que vamos receber de doação.
Comprar 5 mil marmitas.
Orientação para as mulheres trazerem seu café, leite, etc. para sua delegação.

Comissão de formação e cultura.
Esta proposta foi pensada a partir das sugestões recebidas pelos estados dentro do prazo definido nacionalmente. A programação não será aberta como no Fórum Social Mundial, mas terá como ênfase os campos de ação e as definições coletivas da coordenação da comissão

Coordenação: Nalu, Lila, Débora, Isadora, Julia, Camila (RS), Fê Azevedo, Lea, Isolda, Ticiana

Atividades organizadas das 16h as 19h.
Pensar forma de registro dos debates.
Proposta de divisão temática:
Dia 8 – Campinas
Ato de lançamento: garantir conteúdos a partir das falas

Dia 9 - Valinhos
Tema: Trabalho doméstico e de cuidados: em cerca de 10 grupos discutir a partir de algumas questões que reflitam sobre:
- qual é a percepção em relação a esse trabalho
- como é na casa de cada uma
- se mudou algo na vida de cada uma depois que começou a participar da Marcha/ Movimento
- como acha que deveria ser organizado este trabalho
Depois dos grupos ter uma fala e debate sobre a MMM que apresente nossa visão de modelo e faça a amarre uma reflexão de modelo de produção e consumo
Organizar um texto de apoio e roteiro para os grupos.
Buscar 2 companheiras para coordenar cada grupo.

Dia 10 – Vinhedo

Painéis em grupos sobre diversos temas:
1- Saúde da mulher e práticas populares de cuidado
2- Sexualidade
3- Educação não sexista e não racista
4- Mulheres Negras
5- Mulheres indígenas
6- Comunicação
7- Mercantilização
8- Prostituição
9- Arte e cultura
10- Economia Solidária e Economia Feminista
Atividade cultural: teatro.

Dia 11 - Louveira

Trabalho e Autonomia econômica
Mesa com Helena Hirata
Abordar também o tema da previdência
Debatedoras por movimentos: CUT, CONTAG, Federação Trabalhadoras Domésticas

Dia 12 - Jundiaí

Soberania Alimentar, Reforma Agrária e Trabalho das Mulheres no Campo/ Bens comuns – sugestão de uma comissão para precisar os temas dos painéis: Miriam, Maria Emilia, Julianna Malerba, Nalu (pela comissão)
Sub temas:
1) Reforma agrária e ameaças.
2) agroecologia:
3) biodiversidade, energia, mudanças climáticas
4) produção e comercialização
movimentos que devem estar nos painéis: MST, CPT, Fetraf , CONTAG, MMC, MAB, ANA, ASA, Rede Xique Xique, agricultura urbana, Rede Ecossocialista, Quilombolas, MPA (?)
- vídeos: buscar estrutura para projeção

Dia 13 – Várzea
Lançamento de livro sobre Histórico do 8 de março e debate sobre movimento de mulheres, geral e no Brasil.
Fala da Tatau sobre o livro
Fala geral sobre movimento de mulheres (sugestão: Nalu)
Show político cultural

Dia 14 – Cajamar
Tema: Violência
1. violência doméstica e sexual e políticas de erradicação da violência
2. Tráfico de mulheres / migração

Apresentação dos movimentos sobre seus processos de luta
Teatro: Carne da Companhia Kiwi

Dia 15 – Jordanésia
Aborto
- um debate geral
- cochicho em plenário
- depoimentos
- Debate
- filme

Dia 16 - Perus
Fala da Aleida Guevara
Mesa sobre Paz e desmilitarização, com dois subtemas: 1) uma visão geral da militarização como parte da estratégia imperialista que está articulada com o reforço do atual modelo econômico – abordar relação com controle dos territórios que inclui o controle sobre os povos e de forma diferenciada das mulheres – e a relação disto com a exploração dos bens naturais; 2) Criminalização dos movimentos sociais e da pobreza – enfocando a realidade brasileira

Dia 17 - Osasco
Nosso debate de alternativas enforcando o tema da integração regional e também o papel do Estado (a partir de uma visão crítica das atuais políticas públicas avaliando avanços, limites, desafios e Estado que queremos tendo em vista nosso país e também a relação com a integração)
Composição de mesas, mais 3 debatedoras por movimento: CUT/CONTAG, Assembléia Popular/Via Campesina, e movimento de mulheres de caráter mais local.


Propostas de atividades culturais
Teatro – grupos já sugeridos: Mal Amadas, Kiwi, Atuadoras, Obscenas, Laboratório Madalena/CTO (Centro de Teatro do Oprimido) – Fernanda Azevedo (SP) fará os contatos.
Proposta de Parintins - Via-Crucis da Amazônia Brasileira
Filmes: fazer um levantamento de filmes possíveis e também avaliar os locais onde será possível apresentar – responsáveis: Ticiana e Tica
Levantamento de artistas e possíveis manifestações culturais nas delegações, como: poetisas, violeiras, repentistas, funkeiras, Hip Hop etc – responsáveis: Adriana para o nordeste e SOF para o resto do país
Avaliar quais os melhores momentos para batucada além dos atos.
Ver com as companheiras do Wendo (SP e Brasília) qual a melhor forma de organizar a oficina.

Questões, sugestões e comentários:

É necessário definir em que momento serão realizadas as atividades culturais, e buscar inserir as companheiras que vem dos estados.
Preocupação sobre como inserir as mulheres das cidades, e de como utilizar os espaços (como praças) disponíveis em cada cidade. O impacto da ação já está sendo demonstrado antes dos 10 dias, na região onde estamos construindo a mobilização. O objetivo é que nossa ação garanta os processos de auto-organização das mulheres na região. Além disso, já está sendo feito o diálogo com os setores organizados, que podem participar dos nossos debates nas cidades.
É importante saber que a estrutura dos debates não será a mesma do modelo Fórum Social Mundial. Ou seja, a prioridade é garantir a estrutura e presença nos debates gerais, definidos pela coordenação nacional e comissão de formação. A possibilidade de realizar outras atividades pequenas paralelas existe, como rodas de conversa, que não demandem estrutura.
As intervenções de teatro podem ser feitas a partir dos temas em debate em cada dia. Os filmes serão passados apenas onde já tem estrutura de telão e projetor.
A batucada precisa definir em que momento vai batucar além dos atos. Sugestão de batucar apenas quando passamos por dentro das cidades. Definir também momento para fazer ensaios abertos.
As responsáveis pela rádio devem estar em contato com a comissão de formação para coordenar os horários e conteúdos.
Sobre o tema paz e desmilitarização – preocupação sobre como trazer o debate internacional para nossa realidade, que pode passar por depoimentos das mulheres que estão na marcha.
Sugestão de que o Wen-Do seja incluído no dia do debate geral sobre violência.
Preocupação de que depoimentos não sirvam para explicitar nosso sofrimento, mas sim nossas alternativas.
Além do tempo para as atividades de formação e cultura, é preciso ter tempo para reuniões de delegação, e tempo para o descanso. É preciso avaliar se será necessário diminuir alguns debates.
Sobre a inclusão de novos temas, a orientação é que sejam pautados a partir das intervenções das mulheres nos temas gerais. Por exemplo, o debate sobre alternativas alimentares pode aparecer em intervenções do plenário no debate sobre soberania alimentar. Essa orientação é fundamental para que a formação na nossa ação consiga aprofundar os debates sobre os 4 campos de ação da Marcha internacional, e sobre a nossa plataforma.
Pensar espaços para os estados apresentarem suas agendas e espaços que contribuam para nacionalizar nossas estratégias de luta, como uma oficina de fanzine.
As mulheres da cozinha também querem atividades de formação e cultura.


Definições sobre formato e caráter dos atos políticos

Serão 3 atos – 8 de março em Campinas, 13 de março em Várzea Paulista, 18 de março em São Paulo.

As falas da coordenação nos 3 atos devem sempre dar a idéia de que estamos em um processo de luta, em uma ação nacional que é parte de uma ação internacional. Buscar bandeiras e símbolos que representem os outros países. Devemos juntar dados sobre a vida das mulheres do mundo e fortalecer nossa solidariedade internacional.
As falas devem contemplar as regiões e o conjunto dos movimentos que estão construindo a ação. E, especialmente em Campinas, esforço de composição das falas com outros movimentos da cidade.
As falas devem expressar porque marchamos, dialogar com a população, anunciar e agradecer os apoios.
A orientação é que não haja fala de homens nos atos políticos – dialogar esta orientação com as prefeituras que nos apóiam, propondo maneiras de reconhecer o apoio e de possibilitar que as prefeituras expressem as boas vindas às marchantes.
100 anos de 8 de março - trazer mulheres de várias gerações, confeccionar pirulitos com imagens desta história.
Contar com apresentações culturais que venham das delegações.
Ter presença da batucada em todos os atos, e intervenções urbanas além do lambe-lambe.

BANDEIRAS/ Visibilidade: A definição é de que durante o trajeto as bandeiras que vamos carregar sejam apenas da MMM. A sugestão é que os outros movimentos façam camisetas combinando o logo de seu movimento com o da ação. Nos 3 atos (Campinas, Várzea e São Paulo) vamos montar um painel com todas as bandeiras e/ou colocá-las no carro de som ou palco.

Na perspectiva internacional, reforçar as questões da América Latina, nossas lutas no continente por alternativas, nossa resistência e denúncia à militarização, nossa solidariedade internacional e, em especial, com as mulheres do Haiti.
Utilizar a Colcha da ação de 2005 para marcar que é uma ação internacional da MMM
Levantou-se a possibilidade de ter presenças internacionais no ato, mas a avaliação é que nesta 3ª ação a prioridade é que as mulheres façam ações em seus países.
As mulheres dos estados devem ser co-responsáveis pelos atos, para não ficarem de espectadoras.
As delegações devem definir o horário de saída no dia 18 ou 19 até dia 12 de fevereiro.

8 de março - Campinas
Dar caráter de chegada das delegações e início da ação 2010. Apresentar os eixos que vamos trabalhar. Acolhimento das delegações. Ter representação por região para “se apresentar” pro conjunto da ação, já que este será nosso primeiro momento. Delegações devem pensar como se expressar.
Destacar que já estamos em marcha, desde antes, durante a viagem de ônibus, e de que seguiremos em marcha.
Definir o 8 de março em Campinas como ato de lançamento da 3ª ação. Ter espaço para falas de todos os movimentos que estão construindo a ação.
Intervenção cultural de artistas que estejam nas delegações.
Passar imagens internacionais, entrevistas com alguma mulher de outro país, com áudio, para dar o caráter internacional da ação. Demanda: telão e projetor.
Banquinha para registrar o contato das mulheres que aparecerem, para retomar depois. Responsável: Campinas.
Trabalho de recuperar história das lutadora. Responsável: Rio Grande do Sul.
Coordenação do ato: executiva nacional + campinas + outros movimentos.


13 de março – Várzea Paulista.
Será um ato mais regional, com caráter de confraternização.
Após o debate, ter poucas (cerca de 1 ou 2) falas, que recuperem o sentido de luta feminista e o centenário do 8 de março, e enfoque o sentido geral da nossa 3ª ação internacional.
Ter uma saudação da cidade.
Propostas culturais: show de uma banda local + Leci Brandão e performance circense no tecido da Gabriela Veiga (delegação de SP, integrante do Teatro Mágico).

18 de março – São Paulo
Evidenciar a plataforma para a sociedade. Dar visibilidade à nossa plataforma durante o percurso, e ter uma equipe de agitação pela manhã, no centro (pode ser composta pelas que estarão em SP).
Expressar as alianças que construímos durante a ação.
Fazer intervenções como o lambe-lambe, e outras.
Preocupação com a mídia, com nossa visibilidade e com o que queremos que apareça no jornal de sexta (dia 19). Proposta de estender uma grande faixa com o escrito “Seguiremos em marcha até que todas sejamos livres”
Chegar ao ato caminhando, mas considerar o cansaço das mulheres. De acordo com alojamento em Osasco, e local do ato em São Paulo, avaliar se será necessário algum trecho de ônibus.
Fazer uma carta-convocação para as outras organizações, para comprometer outras mulheres com o ato em São Paulo.
Expressar nossa disciplina e nossa unidade com um “desenho humano”, que pode ser o símbolo da marcha ou o símbolo tradicional da mulher. Responsáveis: Ticiana e MG.
Propostas de show de encerramento: Ellen Oleria, Katia França, repentistas da PB, Aline Calisto.
As delegações devem definir o mais rápido possível se voltam no próprio 18 ou no 19.

Projeto Caminhantes – Marcha Internacional
A descrição do projeto está no boletim da MMM Internacional “Mulheres em ação”, disponível no site da ação brasileira – www.sof.org.br/acao2010

Vamos fazer duas bonecas – a estrutura deve ser feita antes. Durante a ação faremos apenas os vestidos.
Durante a ação vamos realizar uma oficina com representação dos estados, no Instituto Cajamar, com a Biba Rigo, artista responsável por boa parte das artes da Marcha brasileira, da Artesãs da MMM.
Responsáveis pela organização (materiais, convocação, etc): Sarah (SP) e Isabel (DF)

Idéias que podem ser aproveitadas:
Trazer dos estados materiais para somar na composição; ter algodão orgânico como peça principal; usar chitas e sementes; o vestido pode ser feito com retalhos dos estados.
Avaliar a possibilidade de que a boneca apareça no 8 de março, com uma camiseta da MMM, e quando chegar em Cajamar vestir com os vestidos feitos na oficina em Cajamar. Considerar a dificuldade de carregar uma boneca tão grande no trajeto e com risco de chuva.

Debate sobre a plataforma

Organizar a plataforma com uma introdução mais geral sobre nossa visão política, resgatar os valores da carta (2005) e apresentar os campos de ação e reivindicações na seqüência.
A plataforma deve apresentar nossa crítica ao modelo e demonstrar nossos acúmulos para transformar o sistema capitalista patriarcal, e também apresentar questões que são possíveis concretizar na atual conjuntura e que significam alterações na vida das mulheres. Idéia de que a nossa plataforma expresse um projeto das mulheres para o Brasil e para o mundo.
Ressaltar na plataforma o que faz muita diferença na vida das mulheres.
Explicitar que lutamos em vários países, não só no Brasil. E lembrar que nossa ação não é apenas nos 10 dias, mas teremos ações até o 17 de outubro. Expectativa que nossa plataforma contribua para ser o dialogo com o campo popular sobre projeto para o brasil.

Só colocar pontos mais concretos na plataforma.

• Elaborar outro material mais geral para a ação.
• Preparar um caderninho com a plataforma para as marchantes.

A comunicação terá um papel importante para visibilizar nossa plataforma – definir os pontos que daremos mais ênfase.
Buscar com Rosane da CUT as informações sobre PL da Previdência
Vamos apresentar a plataforma para o governo – definir o melhor momento para fazer isso. Algumas opções: uma comissão entregar durante a ação, ou de marcar uma audiência para o dia 19. Ou fazer uma coletiva de imprensa, apresentando a ação e anunciando a audiência com o governo.
A apresentação da plataforma para o governo é apenas uma parte da nossa ação, e não o principal produto.
Preocupação de que nossa plataforma não signifique um trabalho de monitoramento depois, porque não termos como fazer e não é uma prioridade de atuação da Marcha.

A plataforma será finalizada em fevereiro, em reunião da coordenação executiva com colaboradoras e representantes dos movimentos aliados. Será apresentada e referendada na ação, no dia 9 de março.


Temas que precisam ser atualizados:

Bens comuns – Mudar de desenvolvimento sustentável para justiça ambiental.
Ver como incorpora algumas reivindicações comuns (índice de produtividade, 156 da OIT, etc.)

Violência contra as mulheres
Como tratar as violações aos direitos das mulheres, e a violência contra as mulheres, em região de fronteira, em especial Mercosul; tema da revista vexatória, violência de estado contra a mulher.
Sobre o PNDH – no início do ano esteve muito forte a polêmica contra o PNDH e o Ministro Paulo Vannuchi por parte dos militares e dos setores conservadores. A MMM se articulou com outros movimentos em defesa do Plano como um todo, e em defesa da posição do Ministro.
Mas existem contradições do Plano com temas que a gente defende, por exemplo a questão da prostituição como profissão. E a visão sobre o aborto, nos marcos dos direitos humanos, não dá conta dos aspectos centrais para nós (autonomia, direito ao corpo).
O PNDH está previsto na relação com os compromissos internacionais firmados pelo Brasil nas conferencias da ONU, mas tem como uma característica central que apenas recomenda o que deve ser feito. A única coisa do Plano que tem mais destaque é a Comissão de Verdade, que deve ser de Verdade e Justiça. Fora isso, as outras questões do plano já estão expressas na nossa plataforma e nas nossas lutas e por isso não devemos transformar o plano em si em uma bandeira de luta, ou seja não deve constar na plataforma da nossa ação.

Autonomia econômica – como tratar o tema da previdência, trabalho doméstico e proteção social das mulheres. No tema da creche é importante fazer uma formulação que defenda como direito das mulheres, dialogue com a realidade das políticas do governo para conquistar avanços.
Trabalhadoras domésticas – Todos os direitos serão regulados pela CLT menos os direitos dos trabalhadores domésticos. Avaliar como colocar esta questão.
Atualizar tema do Banco do Sul; dívida e concretizar o enfoque das transnacionais.
Integração regional – dilema da segurança, quanto mais armado um país, mais inseguro fica. Não é essa integração que a gente quer.

Paz e desmilitarização – demanda da Marcha dos outros países de que Brasil coloque na pauta temas como Haiti, reconhecimento da republica Sarahaui (ocupado pelo Marrocos), e a situação das mulheres na República Democrática do Congo. Expectativa que a gente estabeleça um diálogo com o governo brasileiro nesses temas, pois o Brasil é importante interlocutor.
Haiti
A posição da MMM no Encontro regional (em agosto do ano passado) foi de retirada da Minustah, considerando que vários países compõem essa missão. Após a tragédia do terremoto, a sensação de insegurança está ainda maior e o sentimento geral é de que é melhor que a Minustah se retire do país.
O conjunto dos movimentos com os quais temos relação está centrando mais na questão da dívida, para que as novas doações não se convertam em dívida, além de insistir na reconstrução da infra-estrutura do país. Trata-se de um debate político sobre o futuro do Haiti, e de soberania, enfocando o cancelamento das dívidas sem exigências.
Manter na plataforma a retirada da Minustah e reconstrução do país com respeito à soberania dos povos.
As mulheres da MMM no Haiti estão em contato com um acampamento feminista na republica dominicana que é pro atendimento da saúde, e com a PAPDA. A orientação da MMM é buscar recursos para contribuir com a reestruturação das organizações de mulheres e da Marcha no Haiti. As companheiras do Haiti sempre foram muito solidárias quando fizemos campanhas para outras partes do mundo.

Proposta para ação de solidariedade durante nossa ação:
Recolher recursos para doar para as organizações da marcha do Haiti.
• Cada participante da ação deve doar 10 reais.
• Faremos uma cortina da solidariedade para doar para a SOFA (organização da MMM no Haiti)
Responsáveis por organizar o encaminhamento destas propostas: Sonia (SOF) e Clarisse (MG)

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