quinta-feira, 18 de março de 2010

14/03 (Domingo) - Cajamar

A luta contra a violência sexista.


O dia amanheceu lindo! Mais uma vez acordamos com disposição pois nosso corpo já começa a acostumar-se com a rotina, as pernas não doem mais como antes e a alimentação balanceada feita por nossas companheiras marchantes da cozinha nos deixa leve e disposta além do mais comemos bananas todos os dias. Acordamos às 04h20min e procedemos com a rotina diária: colocar nossas malas no caminhão, higiene pessoal, tomar café, fazer alongamento com nossa personal trainer Tatiane Seixas, organizar a delegação do Estado do Piaui que hoje fica atrás do Rio Grande do Norte. Saimos de Várzea Paulista, cantamos a primeira estrofe do hino do Piaui como fazemos todos os dias na saida da Marcha para lembrar o nosso Estado e refletirmos sobre o compromisso de representá-lo bem: Salve! terra que aos céus rebatas/Nossas almas nos dons que possuis/A esperança nos verdes das matas,/A saudade nas serras azuis/Piauí, terra querida/Filha do sol do equador/Pertencem-te a nossa vida/Nosso sonho, nosso amor!/As águas do Parnaíba/Rio abaixo, rio arriba/Espalhem pelo sertão/E levem pelas quebradas,/Pelas várzeas e chapadas/Teu canto de exaltação! Seguimos rumo a Cajamar em marcha por volta das 07h20min. Durante a marcha as mulheres piauienses estavam muito motivadas e repetindo as palavras de ordem: "A nossa luta é por respeito, mulher não é só bunda e peito! Eu não sou miss nem avião, minha beleza não tem padrão! Não sou modelo na passarela, a minha vida não é novela!" O percurso foi em média de 13,600km, chegamos em Cajamar às 11h30min no (Cooperinca antigo Instituto Cajamar) na Rodovia Anhanguera km46 e fomos recebidas por um panelaço das 75 mulheres que cozinham nossas refeições, foi muito emocionante porque elas não marcham conosco mas marcham de outra forma trabalhando intensamente na cozinha e nos alimentando por isso essas mulheres merecem todo o nosso respeito: "A cozinha é o coração, sem comida não tem revolução!" Quando chegamos ficamos esperamos para organização do alojamento, a coodernacao nacional resolveu nos alojar no auditório porque estava chovendo. Almoçamos (macarronada com frango) as 12h20min e depois fomos tomar banho e descasar para participar da formação as 18h00min.O debate foi sobre a luta contra a violência sexista, com painéis temáticos sobre: a violência doméstica e sexual e políticas de erradicação; o tráfico de mulheres e a migração; e os processos de luta dos movimentos sociais contra a violência sexista. A mesa foi composta por Conceição Dantas do Centro Feminista 8 de Março e Amelinha Teles das Promotoras Legais Populares o que eu entendi sintetizando a fala das comapnheiras é que o patriarcado contola e explora o nossa corpo e passamos a ser propriedade dos homens. Muitas mulheres sofrem violência porque a comida não está pronta e porque a roupa não está lavada. È comum também a violência contra as prostitutas, lésbicas e mulheres em geral. O fato de ser mulher já é motivo para a violência acontecer. Na programação também teve oficina de Wen-do, as práticas feministas de autodefesa e uma oficina para a confecção de vestidos, com a artista Biba Rigo, autora do desenho presente nas camisas, cartazes e adesivos da 3ª Ação Internacional no Brasil. Fomos jantar e dormir por volta das 22h20min.Foi muito provei tosos as oficinas apesar de estarmos cansadas pois a caminhada de hoje foi cansativa pois teve muitos morros no caminho mas quando temos um propósito sempre vamos além, enfrentando tudo, na esperança que tudo vai dar certo.


Amiga vamos marchar
Chega de fome, pobreza e violência.
Amiga vamos marchar
Cantando pro mundo a nossa irreverência
E terra para gozar
Maternidade e abordo seguro
E vida para navegar
E saber eleger
Quem respeite a quem aqui esta
Vamos!



Relatorio de Jessyca Dias Lopes - Teresina/Pi - Estudante, 18 anos.
Mayara que fotografou a oficina de construção das bonecas em Cajamar - SP.

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